Sentei-me perto do meu piano. Nostalgia.
Toquei uma nota. Uma lágrima escorreu...
Toquei mais outra e outra e outra... uma sinfonia se formou. Junto dela a poeira do tempo se levantou.
Uma sinfonia infantil tocava suavemente meus tímpanos... Eu imaginava um campo, e eu nele a correr. As rosas vermelhas a se desabrochar com meu toque.
Mas os meus dedos me guiavam para outra música. Fúnebre, desta vez. Minha imaginação mudava de local: pequenos restos de uma cabana que já fora queimada. Numa mesa um pouco mais conservada uma rosa negra e o seu bilhete de despedida.
Outra lágrima.
Abro os olhos. A imaginação se foi com a última nota.
O bar a fechar e eu ali a chorar na frente do único piano que me acalmava.
“Te amo!” Ouvi novamente sua voz a abafar o som fúnebre que ainda ecoava em meus ouvidos. A rosa que carregavas a tocar suavemente meu rosto.
Sorri. Você sentou do meu lado e assim tocamos mais uma vez a música. A nossa música.
Ana Luiza Pereira
fodah! gamey nesse migah^^
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