Às vezes, simplesmente paro e penso nas escolhas... Você já sentiu vergonha de algo que fez? Da escolha que tomou? Da vida que viveu? Por quê? Já parou para pensar que foi o melhor que você poderia fazer com o conhecimento que tinha?
Talvez este seja o maior erro e a maior dádiva ao se envelhecer: você reconhecer. Vez em quando é bom passar a limpo as escolhas que tomei nos últimos meses ou anos, me cobro ao pensar o motivo de não ter tido essa ideia antes, justo agora que a situação passou, mas a realidade é essa: eu era outra naquela situação e, por isso, só conseguia fazer o que fiz com o que eu tinha. Hoje, eu sou um alguém diferente, que observa a situação passada por um outro ângulo, mais amplo, menos limitado, e tenho mais conhecimento do que pode ser feito. Então, não há motivos de me envergonhar das decisões que tomo, sendo elas conscientes, eu estou fazendo sempre o melhor que eu posso.
Mas e quando você não decide? Mas e quando decidem por você? 'A não-escolha já é uma escolha' - ouvi isso uma vez e, de fato, é verdade. Você pode se sentir entre a cruz e a espada, você pode não querer se indispor com ninguém e, portanto, paralisar-se de medo, mas até a sua paralisia é uma escolha. Seu corpo também fala e não é só sua mente que precisa escolher, sua paralisia ou fuga é uma escolha de manutenção de sua vida, de um status quo, mesmo que seja uma escolha subconsciente.
Então retorno à questão crucial: por que se envergonha das suas escolhas? Você não é perfeito e pode (e deve) se permitir errar, pois só assim é que se aprende a viver. Não tenha vergonha do que você fez, envergonhe-se se quiser continuar a ser quem foi, mas isso... Isso a vida não permite que você seja para sempre.
Ana Luiza Pereira
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